Redação

As eleições municipais de Rosário Oeste, marcadas para o dia 6 de outubro, estão sendo acompanhadas de perto pela população. Entre os candidatos ao cargo de prefeito, o empresário Mariano Balaban (PSB), o advogado Dr. Carlinhos Mendes (POD), o empresário Luiz Fernando (MDB) e o atual prefeito Alex Berto (UB) que busca a reeleição, disputam o comando do município.

No entanto, uma questão delicada que tem sido discutida nos bastidores é a possível influência do poder econômico no pleito, especialmente envolvendo a campanha de Mariano Balaban.

Enquanto os outros candidatos receberam doações mais modestas, os números de doações de Balaban, de acordo com dados oficiais, são significativamente mais expressivos, o que levanta preocupações sobre o impacto do dinheiro na disputa política. Carlinhos, por exemplo, foi o que recebeu o menor volume de recursos de campanha, seguido por Luiz Fernando. Já Alex Berto, em sua tentativa de reeleição, conta com um montante de doações intermediário, enquanto Mariano Balaban lidera disparado no quesito arrecadação.

A coligação “Renovação e Progresso Já” tem apontado que, além do fator financeiro, existem outras questões que devem ser observadas com cautela quando se trata da candidatura de Balaban. Em 2007, ele foi preso por disparo de arma de fogo e, posteriormente, por crime ambiental, o que, segundo a referida coligação, o tornaria inelegível conforme a Lei Complementar n.º 64/1990, que trata da inelegibilidade em casos de crimes graves.

Segundo o site Repórter News à época, Mariano Balaban foi detido em Lucas do Rio Verde pela Polícia Militar, que apreendeu um arsenal de armas em sua propriedade, incluindo espingardas, revólveres, cartuchos e animais silvestres congelados. Embora Balaban negue as acusações, as investigações da Polícia Civil resultaram em seu indiciamento por posse ilegal de armas e crimes ambientais.

Os processos judiciais envolvendo Balaban lançam sombras sobre sua candidatura. A questão que se coloca é até que ponto a influência econômica pode desviar a atenção dos eleitores de fatores mais relevantes, como a ficha do candidato e as suas implicações legais. As doações substanciais recebidas por Balaban, embora permitidas por lei, reforçam a percepção de que o poder financeiro pode distorcer o equilíbrio da disputa eleitoral, em contraste com os outros candidatos, que têm sido mais modestos em suas arrecadações.

Assim, enquanto os candidatos Carlinhos, Luiz Fernando e Alex Berto seguem lutando com campanhas mais modestas, a candidatura de Mariano Balaban, marcada por um histórico conturbado e pelo peso financeiro, traz à tona questionamentos sobre a verdadeira equidade na corrida eleitoral.

Veja abaixo quanto cada candidato recebeu de doação para campanha.