Zagueira natural de Rosário Oeste relata experiência no futebol europeu: “Não caiu a ficha”
Globo Esporte Com Informações do Página 1
Natural de Rosário Oeste, município a pouco mais de 100 km de Cuiabá, a zagueira Anne Lívia vive a primeira experiência no futebol europeu. A jogadora de 20 anos contou ao ge sobre o início de carreira, a adaptação fora do Brasil e revelou os próximos objetivos como atleta.
Anne começou a jogar no Dom Bosco, após passar por uma peneira realizada pelo clube. Em seguida, se transferiu para o Nova Mutum, onde se destacou no Campeonato Mato-grossense e chamou a atenção do Cuiabá. Ela defendeu o Dourado até fechar com o United Bihor, da Romênia.
— Sendo sincera, ainda não caiu a ficha. É algo que eu sempre sonhei, mas parecia impossível de se alcançar. Eu estou gostando muito, é uma decisão que não vou me arrepender nunca de ter tomado.
Além de atuar por clubes matogrossenses, a zagueira vestiu a camisa do Vila Nova-GO e chegou a ser campeã da Taça das Favelas, na Arena Pantanal. Agora, ela garante que o objetivo principal é seguir com o futebol fora do país.
— É a minha primeira experiência, e não vou querer voltar tão cedo, só se for de férias mesmo (risos). Amo o meu Brasil, mas eu só volto a morar aí quando conhecer o mundo inteiro jogando futebol.
— A adaptação eu sabia que não seria fácil por ser um continente diferente. As comidas não são as mesmas, o fuso-horário ficou confuso, no começo minhas noites foram bem ruins. O idioma é difícil de aprender, até pensei que eu não iria dar conta, mas as pessoas aqui são ótimas, me acolheram muito bem. Agora eu não tenho mais tantas dificuldades
Anne elogiou a estrutura do clube romeno e avaliou o nível técnico das disputas. Com pouco tempo de casa, a zagueira já integra a equipe titular.
— Os treinos, a estrutura, a parte física dos atletas, como eles trabalham, tudo isso eu já senti diferença. O clube em si é muito bom, mas o individual de cada atleta nem se compara com as do Brasil. No Brasil, as meninas têm mais vontade, mais técnica e aquela “magia” que todo brasileiro que joga futebol tem. Na minha opinião, o que me diferenciou das atletas daqui foi isso, treinei alguns dias só, e no primeiro jogo já saí como titular. As meninas daqui são boas, mas não têm o DNA das brasileiras.