Israel faz ataques terrestres pontuais no norte da Faixa de Gaza
Jovem Pan
Israel afirmou nesta segunda-feira, 23, que realizou seu primeiro ataque por terra na Faixa de Gaza desde o início da guerra com o Hamas, que entrou na sua terceira semana. Enquanto alguns soldados andavam iniciou a operação terrestre, os bombardeios aéreos continuavam. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), ainda não se trata incursão que vem sendo prometida por Israel, foi apenas ataques a áreas onde estavam reunidos integrantes do grupo terrorista e outras organizações palestinas. “Durante a noite, houve ataques de tanques e forças de infantaria. Esses ataques são ataques que matam esquadrões de terroristas que estão se preparando para a próxima fase da guerra. São ataques que vão mais longe, na linha de contato. Essas incursões também localizam e procuraram qualquer coisa que possamos obter em termos de informações sobre desaparecidos e reféns”, disse o porta-voz da IDF, Daniel Hagari, segundo a ‘BBC’. O ataque realizado durante a noite de domingo, foi feito com tanques e forças de infantaria para tentar localizas e buscar informações sobre pessoas desparecidas e reféns feitos pelo Hamas – Israel atualizou nesta segunda que o número de sequestrados é de 222.
Um tanque e duas escavadeiras foram destruídos na operação, segundo o Hamas, que também informou que soldados israelenses teriam deixado seus veículos e fugido a pé para o leste da cerca. O ataque por terra aconteceu horas depois de Israel ter pedido mais uma vez que os habitantes de Gaza se deslocasse para o sul do território. O norte tem sido o foco dos bombardeios. O Ministério da Saúde de Gaza disse que 436 pessoas foram mortas por ataques aéreos israelenses nas últimas 24 horas, a maioria delas no sul da estreita e densamente povoada Faixa de Gaza. Pelo menos 5.087 palestinos foram mortos em duas semanas de ataques israelenses, incluindo 2.055 crianças, informou o Ministério da Saúde do enclave em uma atualização. Em Israel o número de vítimas é de 1.400. Em sinais de que o conflito está se espalhando, aeronaves israelenses também atingiram o sul do Líbano durante a noite e tropas israelenses lutaram contra palestinos na Cisjordânia ocupada, segundo moradores. As Nações Unidas disseram que civis desesperados estavam ficando sem comida, água e locais para se abrigar dos implacáveis bombardeios aéreos que arrasaram áreas do enclave governado pelo Hamas. Desde o final de semana, comboios de ajuda humanitária começaram a entrar na região, contudo, a ONU (Organização das Nações Unidas) alerta que é apenas uma fração da quantidade necessária.
No domingo, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, concordaram em manter um fluxo contínuo de ajuda para a região. O bombardeio israelense contra Gaza foram desencadeados por um ataque transfronteiriço às comunidades israelenses em 7 de outubro por militantes do Hamas. Desde então, Israel ataca o enclave palestino em retaliação e trabalha para eliminar o grupo islamita. Na semana passada, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que prevê uma tática de guerra de três fases para o conflito no Oriente Médio, e que a primeira já estava em curso, que são os ataques aéreos e ofensiva por terra; a segunda será combater “bolsões de resistência” dentro do enclave palestino; e a terceira saída das tropas israelenses e criar um novo regime de segurança que trará “uma nova realidade para a segurança dos cidadãos de Israel”. O ministro alerta que as fases vão acontecer de fase gradual, mas adianta que o objetivo ficar é “destruir o Hamas“, contudo, não especificou como será esse novo regime de segurança.