Juiz mantém prisão de “barões do pó” que usavam aeronaves para tráfico internacional
Repórter MT
O juiz federal substituto da 5ª Vara, Paulo César Alves Sodré, manteve as prisões de Valmir Raimundo Xavier de Oliveira e do empresário Mateus Ricardo Vecchiato, presos na quinta-feira (28), na Operação Pelos Ares, da Polícia Federal.
A operação desarticulou uma associação voltada ao tráfico internacional de drogas. Os policiais apreenderam dólares, carros de luxo e joias.
Mateus e Valmir Raimundo, que já havia sido preso em 2010, na Operação Re-Volver, também pelo mesmo crime, passaram por audiência de custódia na quinta-feira.
Pelos Ares cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e ordem de sequestro de bens imóveis, móveis e valores, nas cidades de Cuiabá, Campo Novo do Parecis, Peixoto de Azevedo, Sorriso, Tangará da Serra, Curitiba (PR), Alvorada (RS) e Conceição das Alagoas (MG).
As investigações tiveram início com a apreensão de 431 kg de cocaína em Denise (221 km de Cuiabá), além de uma aeronave, armas, munições, entre outros objetos.
A partir dos levantamentos realizados pela Polícia Federal, ficou constatado que a aeronave apreendida foi adquirida por um grupo de traficantes para trazer o entorpecente ao território nacional (na fronteira do Brasil com a Bolívia pelo estado do Mato Grosso) e posteriormente enviar o material ilícito para a região litorânea do país e depois ao exterior.
Durante as investigações ficaram evidenciadas vultuosas movimentações financeiras incompatíveis com a capacidade econômica declarada dos principais líderes do esquema criminoso, que se utilizam de laranjas no intuito de dar aparência lícita aos bens provenientes do tráfico de drogas.
A Justiça autorizou, dentre as medidas, o sequestro de cerca de 40 milhões de reais dos investigados.