Marcos Lopes

Com a ascensão das redes sociais, a pressão popular sobre trabalho dos profissionais da Imprensa  e também aos veículos de comunicação aumenta cada vez mais e estes devem compreender como algo natural dentro de processo político em um país que ainda respira um resto de democracia e ignorar o que vem do debate de uma polarização política entre os espectros da Esquerda e da Direita com o famoso Centrão assistindo de camarote e esperando para ver qual lado sairá vencedor para que possam tomar uma para  decidirem pra qual dos lados irão.

E entre bastidores desta polarização política e a pressão popular à Imprensa estão alguns políticos que estão à frente do Poder Executivo (em todas as esferas, sejam estas, municipal, estadual ou federal) que são eleitos através do voto e assim que assumem suas respectivas gestões, delegam funções ao seu staff de auxiliares (secretários ou ministros, dependendo da esfera) e alguns destes auxiliares podem ter atitudes que de uma forma ou de outra podem fazer a opinião popular ficar tanto contra como a favor do gestor em questão.

Um exemplo prático do que estamos falando está acontecendo atualmente no Brasil, em especial na Capital Federal, onde o Consórcio Nacional de Imprensa liderado pela Rede Globo de Televisão e é ainda composto pelos jornais O Globo ,Folha do Estado (de São Paulo), Estão (de São Paulo), Band e entre outros, que foram militantes durante a campanha do então candidato e agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez ou outra começam a ter relapsos de bom senso e verdade começam a mostrar e comentar em seus telejornais como estava a situação econômica no governo anterior (antes comandado por Jair Bolsonaro) e como a mesma está atualmente sob a gestão de um grupo suprapartidário de centro –esquerda.

Mas, essa comparação só é feita, coincidentemente quando as “campanhas institucionais” do Governo Federal ou dos “Estados” não chegam dentro do combinado com o Consórcio Nacional de Imprensa. Prefeitos que antes cantavam “Tá na Hora de Jair embora”, já começaram a se posicionar contra o atual presidente Lula, devido à redução do repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), o que obrigou alguns prefeitos, principalmente do nordeste e também em especial das Sul e Centro Oeste do Brasil e estes mesmos já começaram a fazer uma meia culpa ao admitirem que no governo anterior não olhava cor partidária na hora de encaminhar os recursos do FPM para os municípios.

O Governo Federal diminui o repasse do FPM, fez alguns cortes, mas a verba de comunicação tanto para a Mídia Interna ou Mídia Externa não diminuiu pelo contrário aumentou, principalmente a parte que é destinada a Família Marinho que hora bate, hora assopra no atual governo do Brasil, evidenciando desta forma que a “Imprensa (bem ou mal), é um incômodo necessário” ou se ela for defender os interesses em comuns com os demais veículos de comunicação, “a Imprensa pode ser ou se tornar um incômodo mais do que necessário” dentro do Sistema que foi aparelhado para não deixar as pessoas que pensam diferente assumirem o comando da país, mas felizmente, em 2018 esta corrente foi arrebentada, porém, em 2022, a “aparelhagem” deste  “Sistema” conseguiu “resgatar” forças  e trazer de volta ao Poder aquele que um dia que foi considerado o maior corrupto do Brasil e das Américas, através de um processo eleitoral que até hoje gera algumas dúvidas na cabeça da população.

E agora fica a pergunta que deu título a este editorial: Para que lado ir ou escolher nos dias atuais? Um passo mais à Esquerda ou a Direita? Ou será que devemos permanecer ao Centro por uma questão de sobrevivência, seja esta, política, social ou profissional?

**Marcos Lopes é Jornalista sob o registro profissional DRT: 3143/MT e Matrícula no Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (SINDJOR) Nº 1466 e atualmente também responde pela linha editorial da NCC TV Web (Nobres), do Site Rosário Notícias (Rosário Oeste) e do Blog Pilão de Notícias (Baixada Cuiabana)