Prefeito de Rosário Oeste sem fronteiras (?)!
Nos dias atuais, os prefeitos parecem cada vez mais usar as redes sociais e os materiais institucionais como uma plataforma para autopromoção, distorcendo a verdadeira essência do trabalho público.
Uma medida recente do prefeito de Rosário Oeste, Mariano Balabam, que retirou da porta dos fundos do gabinete, alegando facilitar o acesso dos cidadãos, levantam questões sobre até que ponto esses gestos são sinceros ou apenas ações de marketing político.
A mudança física foi anunciada com pompa e circunstância como parte de uma promessa de campanha, reafirmando a “transparência” e o compromisso com a “acessibilidade” da gestão.
No vídeo institucional gravado, Balabam aparece ajudando a retirar a porta, além de realizar atividades como capinar, criando a ilusão de uma administração que se aproxima do povo.
No entanto, surge uma dúvida: depois que as câmeras se desligaram, o prefeito continuou trabalhando da mesma forma ou essa era apenas uma ação para ser registrada e espalhada nas redes sociais?
Essa atitude, embora louvável se por sinceridade, pode facilmente cair na armadilha da autopromoção. Será que Balabam realmente está interessado em uma gestão aberta e inclusiva ou apenas que colher frutos políticos agora, mudando a reeleição daqui a quatro anos? A retirada da porta, com toda a sua simbologia, não deixa de ser uma ação que pode ser percebida mais como uma manobra publicitária do que como uma verdadeira mudança na administração.
Ao comparar Balabam com o ex-prefeito de Colatina (ES), Sérgio Meneguelli, que assim, como Balabam também é envolvido em polêmicas e denúncias, a questão fica ainda mais evidente.
Meneguelli foi acusado pelo Ministério Público de usar recursos públicos para autopromoção, investindo na própria imagem de forma excessiva durante seu mandato. Ele, assim como Balabam, foi alvo de uma série de investigações sobre o uso de materiais institucionais para fazer propaganda pessoal. A semelhança entre as duas figuras políticas vai além das denúncias no Ministério Público. Ambos são acusados de “utilizarem” a administração pública em benefício próprio, utilizando a máquina pública para fortalecer sua imagem diante da população, muitas vezes em detrimento da governança eficiente.
Em Rosário Oeste, Balabam também enfrentou denúncias sérias, como a de uma possível rede de nepotismo que está sendo apurada pelo Ministério Público. A semelhança com Meneguelli é clara: em ambos os casos, ações aparentemente simples e até positivas mascaram interesses mais egoístas e pessoais.
A retirada da porta e as ações de marketing político, como a filmagem do prefeito ajudando a retirar a porta, podem até ser vistas como uma tentativa de aproximar o público da administração. Mas quando se analisa o contexto mais amplo, incluindo as denúncias contra a gestão e a imagem que ambos, Balabam e Meneguelli, tentam construir, é impossível não questionar essas atitudes são de fato reflexo de uma gestão transparente ou apenas mais uma estratégia para a reeleição .
Por fim, é importante que os cidadãos se perguntem: até onde os gestos simbólicos realmente refletem uma mudança positiva na administração? Ou será que apenas venderemos um espetáculo cuidadosamente cenário para conquistas na próxima eleição?